Por que é importante manter-se no momento presente?
Nos últimos meses você já deve ter dito ou ouvido falar: “Não temos conseguido planejar muitas coisas, pois a cada dia, vivemos novos desafios em diferentes cenários”. Por isso, hoje quero conversar com você sobre a importância de viver e manter-se no momento presente.
Por Kalil Lucena
Muitos de nós empresários, empreendedores e gestores aprendemos, desde os cursos, treinamentos e graduações que fizemos, sobre a importância do planejamento. Seja ele anual, semestral, mensal ou diário.
E aqui, vivemos mais um grande ponto de ressignificação nesse contexto atual.
Como planejar tanto em um período de incertezas, onde tudo muda a todo momento. E por mais desafios que somos postos a prova dia a dia, ainda nos frustramos com planejamentos que nem chegam a sair do papel, pois o dia de amanhã tem se tornado a maior expectativa de todos nós.
A frustração é aquele sentimento de impotência quando algo que tanto esperamos não acontece. Nos frustramos quando temos nossas expectativas ou desejos não satisfeitos.
Sentir frustração nos leva a um quadro de desânimo, desmotivação e incomodo. Além disso, criam obstáculos ainda maiores, do que já estamos vivendo. E ainda diante de um cenário onde precisamos reagir, criar novas oportunidades e buscar saídas para problemas.
A frustração é a maior inimiga do engajamento profissional, ela pode atingir drasticamente os seus números e ainda comprometer o desempenho da sua equipe.
Como profissionais, devemos entender que as intempéries da vida fazem parte do processo.
Qual grande empresário não viveu seus momentos de angustia e dor?
Qual significativo profissional não perdeu noites de sono em busca de soluções?
E qual pessoa ainda não se frustrou com atividades de trabalho não realizadas?
Veja bem, não estou querendo dizer que precisamos nos conformar com todas as situações que temos vivido nos últimos meses. Porém, o vitimismo não pode fazer parte nem do nosso discurso e principalmente nem de nossa atuação.
Dessa forma, nos perguntamos, o que fazer agora?
Agora, temos muitas coisas a fazer!
A primeira delas é que você pode começar revendo os seus conceitos de gestão e liderança, por exemplo.
Rever como você pode melhorar ainda mais a sua performance e reputação perante a sua equipe, aos seus parceiros de negócio e aos seus clientes.
Agora, você pode elaborar novas estratégias de negócios. Sim, estratégias diferentes de todas aquelas que anteriormente foram planejadas. Você tem a possibilidade, então, de liberar a sua criatividade olhando para todo o desafio que temos vivido.
É hora de soltar a imaginação! De trazer a equipe para perto, de ouvi-los de maneira significativa e abrir espaço para o novo, para a gestão compartilhada e colaborativa.
Agora você pode estudar melhor o seu mercado e observar estratégias inteligentes dos seus concorrentes. Dê mais valor para as conversas informais, pois a partir delas muitos insights produtivos têm surgido.
Agora, se for o caso, você pode recuar um pouco. Veja que dar dois passos para trás, pode ser estrategicamente a melhor coisa a se fazer.
Reveja as suas metas, os seus processos, os seus alinhamentos. Pois, agora é hora de olhar com cuidado para os mínimos detalhes dentro da sua empresa.
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Agora, você tem que motivar o seu grupo. E se lhe falta força para isso, busque ajuda! Busque os parceiros de negócios, pergunte o que eles estão fazendo, troque ideias, dúvidas, medos, incertezas. E saiba que você não está isolado diante de um momento de tanta inovação.
Como dizia John Lennon:
“A vida é aquilo que acontece enquanto você está fazendo planos”
John Lennon
Assim, a vida é o agora!
Fazer planos é importante e isso sempre será. Acontece que, precisamos entender que o momento atual requer de nós muita flexibilidade para lidar com as situações controversas. E um ponto importante que pode nos ajudar é ter autocontrole.
Temos que aceitar que não temos controle de tudo, aliás, na verdade não temos controle de nada na vida, seja no âmbito pessoal ou profissional.
Querer ter o controle sobre tantas coisas, sempre foi um problema para o ser humano.
Veja bem, controle é diferente de prestação de contas ou entrega de resultados. E o caminho para isso não é feito pela pressão, imposição ou sofrimento. E sim, pelo engajamento, pertencimento e liderança.
Controlar é algo muito peculiar, muito pessoal e traz consigo uma bagagem cheia de frustrações. Pois, de certa forma a sensação do controle é prazerosa, mas ela é mentirosa, uma vez que não temos poder sobre isso!
A nossa necessidade de controlar exacerbadamente nos traz grandes problemas
Em busca de controlar tudo, esquecemos de olhar para o que está acontecendo agora. As conquistas do presente, mesmo não sendo todas que queremos, mas as que acontecem, são validas e precisam ser comemoradas; as ajudas que recebemos, as preocupações que as pessoas têm tido conosco, a nossa equipe se esforçando para dar o melhor etc.
Esse controle que algumas pessoas buscam ter, chega a beirar a ingratidão, diante de uma cegueira faz com que nada mais seja visto a não ser aquilo que a pessoa quer.
Mahatma Gandhi dizia:
“Aqueles que têm um grande autocontrole ou que estão totalmente absortos no trabalho falam pouco. Palavra e ação juntas não andam bem. Repare na natureza: trabalha continuamente, mas em silêncio”.
Mahatma Gandhi
Portanto:
Não seja seu pior inimigo.
Não subestime a sua inteligência.
E não desacredite do seu potencial.
Agora é hora de plantar!
E eu não tenho dúvida que grandes cases de sucesso que virão, terão como base toda a dificuldade dos momentos que temos vivido agora!
Assim, eu convido você para refletir sobre o tempo presente e repensar tantas posturas que podem ser ajustadas para melhorar o desempenho atual!
A sabedoria tem um preço e é por meio dela que chegamos a resultados e estratégias de excelência.
Dedique um tempo para essa reflexão e compreenda que isso também é estratégico.
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Kalil é palestrante, pedagogo, empresário e especialista em Propósito e Felicidade no Trabalho. Em sua coluna aqui no portal escreve sobre propósito, gestão de pessoas, recursos humanos e motivação.
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