Pilares de Liderança e Gestão Empresarial de Bernard Arnault
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Hoje vamos ver quais são os pilares de liderança e gestão empresarial que levaram Bernard Arnault, presidente da LVMH, a se tornar o terceiro homem mais rico do mundo.

Mas, antes de qualquer coisa vamos dar uma olhada rápida em quem é Bernard Arnault.

Arnault é um empresário francês, que atua como presidente da LVMH (maior empresa de artigos de luxo do mundo). Mas, como é que ele chegou até esse ponto? Pois é, a história dele é interessante, e vamos te contar aqui um resumo bem rapidinho.

Você também pode assistir ao vídeo que gravamos e ter acesso ao conteúdo na íntegra.

Breve história:

Bernard nasceu em Roubaix, na França, em 1949. Ele se formou em engenharia, concluindo o curso em 1971. Recém graduado foi trabalhar na empresa de engenharia do seu pai, e juntos começaram a investir na construção de casas de férias.

Já em 1974, Bernard se tornou diretor da empresa. Em 1977 se tornou CEO e em 1979 já era o presidente da empresa, após a morte de seu pai. Aparentemente o então jovem Bernard tinha jeito para o mundo dos negócios.

O ingresso dele no mundo do alto luxo ocorreu em 1984, quando ele comprou a empresa Financière Agache. Logo na sequência, ele comprou também a Boussac Saint-Frères, que era dona da Dior e das lojas de departamento Le Bon Marché.

A fusão dessas empresas de luxo, que ele foi comprando, deu origem ao grupo LVMH, que hoje é o maior conglomerado de luxo do mundo. Hoje o grupo é dono de marcas como: Louis Vuitton, Dior, Chandon, Henessy, Christian Lacroix, Moët, Dom Pérignon, Givenchy, Sephora, a rede de hotéis Belmond, dentre outros.

Além de ser o cabeça da LVMH, Bernard também é acionista do Carrefour e da Princess Yachts. Ele também é conhecido por sua coleção de arte, com obras de artistas consagrados como Andy Warhol e Picasso.

Atualmente, Bernard Arnault é o terceiro homem mais rico do mundo, e o mais rico da Europa. Mas sua colocação no ranking está sempre mudando, horas ele está em segundo lugar, horas em terceiro. Mas, de uma forma ou de outra, ele está sempre por ali.

Lições de negócios de Bernard Arnault

O sucesso de Bernard Arnault nos negócios tem pouco a ver com sorte. Então, vamos dar uma olhada nos três pilares dos negócios dele.

1. Aja como uma startup

Um dos segredos do sucesso do grupo LVMH é sua operação bem descentralizada. O próprio Bernard já reconheceu esse fato em uma entrevista. Segundo ele, cada marca dentro do portfólio da empresa é basicamente responsável por tocar o seu próprio negócio, atuando sob a liderança de seu diretor criativo.

A sede do grupo LVMH em Paris é razoavelmente pequena se considerarmos o tamanho da empresa. O grupo todo tem cerca de 54.000 funcionários e 1.300 lojas ao redor do mundo todo. Mas, a sede da empresa concentra apenas 250 colaboradores, que trabalham focados em manter o grupo funcionando, sem interferir demais nos negócios de cada uma das marcas da empresa.

Essa ideia de descentralizar o negócio é proposital, pois assim eles conseguem manter a agilidade e a criatividade de cada uma das marcas. Além disso, eles também evitam a burocracia e o excesso de processos, que seriam normais em uma empresa multibilionária como a LVMH.

Para Bernard é muito mais importante manter essa agilidade de uma startup do que qualquer outra coisa. Ele espera que seus gestores não fiquem o tempo todo atolados no escritório em meio a uma montanha de papelada. Ele quer que o time dele vá para o campo de batalha, visite as lojas e esteja em contato com o pessoal da frente de vendas.

Para ele o ideal é pensar pequeno, e fazer movimentos rápidos. Ele diz que pequenas lanchas podem manobrar muito mais rápido do que navios gigantes.

2. Liberdade criativa total

Arnault não acredita em microgestão, então prefere dar liberdade criativa total para os gestores de cada uma das marcas do grupo LVMH.

Em uma entrevista ele chegou a dizer que:

Assim como ninguém poderia ter gerenciado o Leonardo Da Vinci, é impossível querer gerenciar o John Galliano (ex-diretor criativo da Dior).

Ele diz que dar liberdade total para cada uma das marcas sob sua gestão é a melhor maneira de manter as marcas únicas e com um toque de independentes.

Quando perguntado o que eles fazem ao adquirir uma nova empresa para o Grupo LVMH, Bernard diz que eles gostam de manter as pessoas em suas posições e não sair demitindo todo mundo.

Principalmente quem está envolvido com vendas e criação, pois essas pessoas normalmente são a cara da marca. Ele diz que tentar demitir todo mundo para colocar uma equipe da LVMH nunca é feito. Ele acredita que isso derruba a qualidade da marca adquirida e ainda por cima acaba com a diferenciação dela.

Um outro titã dos negócios, que é o Warren Buffet, diz que quando ele faz um investimento, não quer se envolver na gestão do negócio. Na mentalidade dele, se ele investiu é porque quem está lá sabe fazer bem feito, então, melhor deixá-los trabalhar.

Bernard Arnault compartilha da mesma opinião. A atenção dele está em gerenciar o portfólio de investimentos da LVMH. E não em micro gerenciar cada uma das empresas que compõem o grupo.

Claro que o aspecto comercial do negócio também é importante. Por isso, Bernard prefere manter sua atenção em controlar para que os novos itens a serem lançados sejam lançados em pequenas tiragens. Assim eles testam a aceitação do mercado para o novo item, sem comprometer as finanças do negócio arriscando tudo em um produto incerto.

3. Crie produtos que criam clientes

Em uma estratégia tradicional o papel do marketing é analisar o que os consumidores estão querendo. E, então, a empresa deve criar produtos que sigam as tendências que ele aponta. Na LVMH eles buscam fazer diferente disso.

Na filosofia de gestão de Bernard na verdade o negócio não se resume a criar produtos para fazer vendas, suprindo as necessidades dos consumidores. A ideia por lá é criar produtos que despertem desejo e as vendas acabam sendo uma consequência.

O ponto chave é justamente a questão de despertar desejo nos consumidores.

Precisamos lembrar que os produtos do grupo são de luxo e não produtos essenciais ou necessários. Portanto, para manter o desejo em alta, perante os consumidores, eles precisam adotar uma postura vanguardista, se mantendo sempre um passo a frente para não cair na mesmice.

Se você atua em um segmento mais selecionado, pode fazer sentido adotar uma postura como essa para o seu negócio.

Tipos de marcas que Bernard Arnault investe

bernard Arnault gosta de investir nas chamadas Star Brands, ou marcas estrela em uma tradução livre.

Star Brands são marcas:

  • Atemporais;
  • Modernas;
  • Em rápido crescimento;
  • Altamente lucrativas.

E a boa notícia é que este conceito não funciona somente para as marcas de luxo. Você pode trazer essa mentalidade para dentro da sua empresa.

Por exemplo, uma empresa de reformas com um conhecimento técnico muito sólido, bom entendimento de mercado, entregando serviços de alta qualidade e com uma boa margem, se enquadra nesses atributos de uma Star Brand.

São esses 4 atributos que fazem de uma empresa um ótimo investimento. Então, se você está construindo um negócio com o objetivo de vender mais para frente, fique ligado nesses pontos a seguir.

Bernard admite que uma marca possuir os 4 atributos ao mesmo tempo é bem difícil, mas não impossível.

Para ficar mais claro vamos dar uma olhada em cada atributo.

Atemporal

Por atemporal, Bernard entende que aquela é uma marca criada para a eternidade. É uma marca que já está no mercado faz tempo, mas que continua relevante e desejada.

Ele cita aqui o exemplo da Dom Perignon. Apesar de a marca ter 250 anos, Bernard tem certeza que as pessoas ainda vão estar bebendo a champagne deles daqui 100 anos.

Moderna

Acho que o segundo atributo é mais autoexplicativo. Por moderna, entende-se que mesmo tendo um legado, a empresa se manteve atualizada e não se tornou antiquada.

Rápido Crescimento

Quando Arnault fala em crescimento rápido ele realmente quer dizer rápido. Só como um exemplo, a Louis Vuitton em 2000 já era uma empresa muito bem estabelecida. E mesmo assim chegou a crescer 40% em um ano.

Alta Lucratividade

O último atributo é a alta lucratividade, que não tem a ver somente com um alto preço de venda. Na verdade, segundo Arnault, o alto preço de venda não está necessariamente ligado a uma alta lucratividade.

Se o preço é alto mas os custos de produção também são, a margem pode ser na verdade bem apertada. Para ele a questão da lucratividade não está no preço, mas sim no chão de fábrica.

É controlando os seus custos de produção e seus custos administrativos que você vai conseguir construir uma margem de lucro sólida para o seu negócio.

E é com esse pensamento que vamos encerrar esse artigo. Se quiser discutir mais sobre esse assunto deixe um comentário ou então entre em contato pelo Facebook @empreendernomundo ou Instagram @empreender_no_mundo.

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Esperamos que este artigo tenha sido esclarecedor para você. Estamos formando uma legião de empreendedores bem-sucedidos, vamos juntos?

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